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Empréstimo com garantia: como funciona, taxas e cuidados antes de contratar?

O empréstimo com garantia é uma modalidade de crédito em que o cliente oferece um bem, como veículo ou imóvel, como forma de assegurar o pagamento da dívida. Em outras palavras, o banco ou a financeira usa o bem como uma espécie de caução: se o pagamento não for feito, o bem pode ser tomado para quitar o saldo devedor.

Essa operação é considerada de baixo risco para as instituições financeiras, o que permite oferecer taxas de juros menores e prazos mais longos do que em empréstimos pessoais comuns. Por isso, essa opção costuma atrair quem precisa de valores mais altos para quitar dívidas caras ou investir em um negócio próprio.

Como funciona o empréstimo com veículo ou imóvel como garantia?

Imagem representando um empréstimo financeiro: um saco de dinheiro com a palavra ‘LOAN’ equilibrado em uma balança com recortes de uma casa, carro e família, simbolizando crédito com garantia e estabilidade financeira
Fonte: Shutterstock

O funcionamento é simples: o banco avalia o valor do bem e define quanto pode ser emprestado com base nele. Durante o contrato, o bem continua no nome do cliente, mas fica alienado ao banco, ou seja, não pode ser vendido até a quitação total do empréstimo.

No caso de veículos, a instituição pode solicitar que o carro tenha até determinado ano de fabricação (geralmente até 10 anos). Já para imóveis, é comum que só sejam aceitos bens quitados e em áreas urbanas.

💰 Confira também: Empréstimo para negativado: quais opções existem, custos e cuidados essenciais

LTV: quanto você pode receber em relação ao bem

Um dos principais conceitos desse tipo de crédito é o LTV (Loan-to-Value), que representa a porcentagem do valor do bem que pode ser usada como limite de empréstimo.

Por exemplo:

  • Em um empréstimo com garantia de veículo, as instituições costumam liberar até 80% do valor do carro.
  • Já no empréstimo com garantia de imóvel, o percentual geralmente fica em 60% a 70% do valor do bem.

Essa proporção protege o banco contra o risco de inadimplência, mas também oferece uma margem de segurança para o cliente, evitando que o valor da dívida ultrapasse o valor real do patrimônio.

Taxas e prazos do empréstimo com garantia

As taxas de juros nessa modalidade são bem mais baixas do que nas opções tradicionais. Em 2025, o Custo Efetivo Total (CET) médio gira em torno de:

  • De 1,5% a 2,5% ao mês para empréstimos com garantia de veículo.
  • De 0,9% a 1,5% ao mês para empréstimos com garantia de imóvel.

Os prazos de pagamento também são mais amplos, podendo chegar a 60 meses para veículos e até 240 meses (20 anos) no caso de imóveis. Isso torna o valor das parcelas mais acessível, embora o compromisso financeiro se estenda por um período maior.

Riscos: você pode perder seu carro ou imóvel?

Sim, esse é o ponto mais sensível do empréstimo com garantia. Caso o cliente não consiga pagar as parcelas, o banco pode executar a dívida e tomar o bem para cobrir o saldo.

Por isso, esse tipo de crédito deve ser contratado com planejamento e responsabilidade. Ele é indicado apenas quando há clareza sobre a capacidade de pagamento e o uso do dinheiro traz retorno financeiro, por exemplo, na quitação de dívidas mais caras ou em investimentos estruturados.

Em contrapartida, quando usado para consumo imediato ou sem planejamento, o risco de perder o patrimônio se torna alto.

Quando vale a pena contratar um empréstimo com garantia

O empréstimo com garantia faz sentido em situações específicas, principalmente quando a pessoa busca juros mais baixos e valores elevados. Ele pode ser uma boa escolha para:

  • Quitar dívidas caras, como cartão de crédito e cheque especial.
  • Investir em negócio próprio, com potencial de retorno.
  • Reformar ou ampliar um imóvel, aumentando o valor do patrimônio.

No entanto, é fundamental avaliar se o benefício das taxas compensa realmente o risco de alienar um bem valioso.

Cuidados antes de assinar o contrato

Antes de fechar negócio, o ideal é simular o empréstimo em diferentes instituições e comparar o CET (Custo Efetivo Total) que inclui não só os juros, mas também tarifas, seguros e demais encargos.

Além disso, o consumidor deve:

  • Avaliar o impacto da nova dívida no orçamento mensal.
  • Conferir a reputação do banco ou fintech no Banco Central e no Reclame Aqui.
  • Ler o contrato com atenção, especialmente as cláusulas de alienação e inadimplência.

Contratar um empréstimo com garantia pode ser uma boa estratégia para reorganizar as finanças, mas requer análise cuidadosa e disciplina financeira.

Conclusão

O empréstimo com garantia é uma alternativa inteligente para quem precisa de crédito alto com juros menores, mas exige responsabilidade. Ao entender como funciona o LTV, comparar o CET e avaliar a capacidade de pagamento, o consumidor pode usar esse tipo de crédito a seu favor, sem colocar em risco o patrimônio.

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